𝑯𝒊𝒆𝒓𝒂𝒓𝒒𝒖𝒊𝒂 𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍𝒊𝒄𝒂𝒍
Essa classificação segue a ordem da Hierarquia Divina, todos muito bem divididos e organizados, refletindo a perfeição celestial e a graça da unidade.
Primeira Hierarquia: Os Celestiais Primordiais
A Primeira Hierarquia de anjos representa os seres mais próximos da essência dos Absolutos, concebidos para refletir a perfeição celestial e cumprir tarefas que transcendem a capacidade de primordiais, Deuses e mortais. Estes anjos não governam, mas auxiliam na manutenção da ordem universal e da unidade entre as forças divinas.
Os Serafins foram os primeiros a serem criados, moldados diretamente da luz primordial emanada dos Absolutos. Eles são os portadores da chama divina, que não apenas ilumina, mas purifica e transforma. Sua essência é composta de energia bruta e infinita, simbolizando a perfeição e a santidade inalcançável.
Eles atuam como protetores do núcleo dos Absolutos, garantindo que sua essência pura não seja contaminada ou distorcida, não que seja necessário, porém o pensamento de necessidade fez com que eles surgissem para que o tecido fosse sempre mantido e preservado em sua perfeição.
Eles comunicam a vontade dos Absolutos aos Deuses, traduzindo ideias tão elevadas que seriam incompreensíveis para qualquer outra entidade. Sua chama divina queima toda corrupção, seja em mortais, imortais ou dimensões, restaurando a harmonia, e além de tudo isso, os Serafins também inspiram ordem e unidade entre os reinos divinos, impedindo disputas que poderiam desestabilizar a criação.
Logo após os Serafins, os Querubins foram formados, a partir do tecido do próprio universo, carregando em si fragmentos da sabedoria cósmica. Eles são as encarnações da proteção e do conhecimento divino, representando o intelecto infinito dos Absolutos.
É função deles manter guardado os segredos dos Absolutos, zelando bibliotecas divinas que contém registros de tudo o que foi, é e será.
Os Querubins observam os múltiplos planos da existência, garantindo que os caminhos do destino permaneçam inalterados por forças externas. Também protegem os locais sagrados e as fontes de energia celestial, impedindo o acesso de qualquer ser não autorizado. Em suma, os Querubins auxiliam os Deuses a entenderem os complexos desígnios divinos, servindo como uma ponte entre o conhecimento absoluto e a ação.
Por último na primeira hierarquia, mas nunca menos importantes, temos os Tronos. Eles foram criados para sustentar a ordem e o equilíbrio divino. Sua essência vem da harmonia cósmica, sendo representações vivas da justiça e da imparcialidade. Cada Trono carrega em si a vibração dos próprios Absolutos, atuando como pilares fundamentais para a estabilidade universal.
Os Tronos julgam todas as ações que têm impacto no equilíbrio universal, aplicando a vontade dos Absolutos de forma justa e inabalável. Eles mantêm a ordem entre os planos, ajustando desequilíbrios de energia ou forças que possam desestabilizar o cosmos. Servem como juízes que aconselham os Deuses e Primordiais, garantindo que suas decisões estejam alinhadas com o propósito divino. Os Tronos literalmente sustentam as estruturas invisíveis que conectam os planos, permitindo que as dimensões coexistam em harmonia.
Embora sejam criações perfeitas e diretamente ligadas aos Absolutos, a Primeira Hierarquia não exerce domínio sobre a criação; sua função é garantir que a visão dos Absolutos permaneça intacta.
Os Serafins representam o espírito e a pureza divina.
Os Querubins encarnam a sabedoria e o conhecimento eterno.
Os Tronos simbolizam a justiça e a estabilidade universal.
Juntos, eles mantêm o equilíbrio entre a vontade divina e a liberdade da criação, agindo como os alicerces invisíveis da perfeição celestial.
Segunda Hierarquia: Os Guardiões Eternos
A Segunda Hierarquia é formada pelos executores da vontade divina, intermediando diretamente entre a Primeira Hierarquia e os reinos materiais e espirituais. Criados pelos Absolutos com um equilíbrio entre poder e funcionalidade, esses anjos operam como administradores, organizadores e agentes de transformação no multiverso, garantindo que a ordem celestial se estenda aos planos inferiores.
A primeira divisão da segunda hierarquia é formada pelas Dominações. Estas foram concebidas pela necessidade de ordem e liderança nos céus e nos planos materiais. Sua essência é moldada a partir da força da autoridade divina, carregando em si o direito inquestionável de comandar. Elas não são apenas líderes, mas símbolos vivos da soberania dos Absolutos.
As Dominações supervisionam as legiões angelicais, organizando e coordenando missões que envolvem a proteção de planos, guerras contra forças profanas e a intervenção divina. Elas traduzem a vontade dos Serafins e Querubins em ordens concretas para as hierarquias inferiores, garantindo que a cadeia de comando seja respeitada.
As Dominações asseguram que os planos espirituais operem em harmonia, regulando as interações entre as almas, os deuses e os anjos menores. Elas monitoram o equilíbrio entre as intervenções celestiais e a liberdade dos mortais, garantindo que o livre-arbítrio seja preservado enquanto a ordem divina é mantida.
Coexistindo com as Dominações, temos as Virtudes, que foram criadas para canalizar e manifestar a graça e o poder divino nos planos inferiores. Elas são geradas a partir da energia pura dos Absolutos e são os portadores da força transformadora divina, capaz de criar, curar e renovar, sendo o extremo oposto dos pecados.
As Virtudes são responsáveis por realizar milagres, canalizando a energia celestial para curar feridas, purificar terras contaminadas e restaurar a harmonia onde há caos. Elas garantem que as leis naturais dos Absolutos sejam respeitadas, corrigindo anomalias e impedindo que forças externas comprometam a estabilidade do cosmos. As Virtudes inspiram fé e esperança nos corações dos mortais, mesmo em tempos de grande escuridão, atuando como faróis divinos. Elas não apenas protegem, mas também guiam as criaturas e os reinos através de ciclos de transformação, evoluindo-os para formas mais harmoniosas com a vontade divina.
As Virtudes são divididas em 7 importantes manifestações:
- Humildade (Humilitas)
- Generosidade (Caritas)
- Castidade (Castitas)
- Paciência (Patientia)
- Temperança (Temperantia).
- Caridade (Diligentia)
- Bondade (Benevolentia)
Como figuras de maior rigidez e controle, as Potestades foram moldadas como os guardiões da ordem universal. Sua essência é composta por equilíbrio e força defensiva, tornando-as os escudos do cosmos. Elas possuem uma ligação direta com os Tronos, recebendo deles o julgamento divino e executando-o de maneira impassível.
As Potestades protegem os planos da existência contra forças que tentem distorcer ou destruir a ordem natural. Elas controlam e vigiam os acessos entre os planos, garantindo que apenas aqueles autorizados pelos Absolutos possam atravessá-los. As Potestades agem como a última linha de defesa contra a corrupção, enfrentando caídos, pecados, abominações e seres profanos que ameacem o equilíbrio divino. Elas monitoram o destino das almas, certificando-se de que os mortais sigam seus caminhos predestinados e que forças externas não interfiram.
Enquanto a Primeira Hierarquia reflete a pureza absoluta e a essência divina, a Segunda Hierarquia é a força prática que transforma esses ideais em ações tangíveis.
As Dominações lideram e organizam, garantindo que a cadeia de comando divina funcione perfeitamente.
As Virtudes manifestam a graça divina, curando, inspirando e renovando.
As Potestades defendem e preservam a ordem, agindo como escudos contra o caos e a destruição.
Dessa forma, a Segunda Hierarquia serve como o elo vital entre a perfeição celestial e a funcionalidade cósmica, assegurando que a visão dos Absolutos permeie todos os aspectos da criação.
Terceira Hierarquia: Os Luminares
A Terceira Hierarquia é a mais próxima do mundo material, atuando diretamente nos planos inferiores e entre os mortais. Esses anjos foram criados para ser os mensageiros, protetores e administradores do universo tangível, representando a manifestação direta da graça divina no cotidiano dos mortais. Embora menos poderosos que as hierarquias superiores, sua conexão com o mundo físico lhes confere uma importância crucial na ordem universal.
Como os primeiros da terceira hierarquia, temos os Principados. Eles foram criados como governantes celestiais para supervisionar territórios, nações e comunidades.
Cada Principado é designado para um reino, cidade ou região, garantindo que os valores divinos sejam preservados e promovidos entre os governantes e o povo, mas sem jamais interferir diretamente ou ferindo o livre arbítrio. Através deles que heróis se erguem, que líderes libertam seus povos da escravidão e que revoltas contra o maligno se iniciam.
Os Principados são os primeiros a combater forças demoníacas e corrupções espirituais que ameacem os territórios sob sua supervisão. Eles servem como mediadores entre os anjos das hierarquias superiores e os mortais, trazendo mensagens e instruções divinas aos líderes terrenos.
Os Arcanjos são os portadores da vontade divina em situações críticas. Criados a partir da essência da palavra e da ação, eles foram moldados para agir diretamente onde a interferência divina é mais necessária. São os líderes naturais das legiões angelicais menores e mensageiros especiais dos Absolutos.
Os Arcanjos trazem mensagens importantes dos planos superiores aos mortais, geralmente em momentos de grande transformação ou perigo. Eles lideram exércitos angelicais em batalhas contra forças profanas, sendo estrategistas e guerreiros formidáveis, e por isso sempre são designados para missões cruciais, como guiar herois, proteger artefatos sagrados ou impedir eventos apocalípticos.
E por fim, temos os Anjos. Eles foram os primeiros seres criados pela Terceira Hierarquia e os mais numerosos. Moldados a partir da graça divina para serem os protetores e guias dos mortais, eles refletem a benevolência, a paciência e a compaixão dos Absolutos.
Cada mortal tem um anjo designado para guiá-lo e protegê-lo contra forças espirituais e influências negativas. Eles comunicam mensagens divinas do cotidiano, ajudando os mortais em situações menos dramáticas, mas igualmente importantes.
Os anjos fortalecem a fé e a virtude nos corações dos mortais, agindo como inspirações de bondade e altruísmo. Aquela voz que sussurra no ouvido quando alguma decisão importante deve ser tomada, ou aquele pequeno incômodo ou nó na garganta diante de uma situação de injustiça, esses são os sussurros dos anjos. A voz benevolente da consciência mortal.
Os Principados mantêm a ordem em grandes escalas, influenciando o destino de reinos e nações.
Os Arcanjos agem em momentos críticos, liderando e intervindo diretamente em eventos de grande impacto.
Os Anjos estão constantemente presentes no cotidiano, protegendo e guiando os mortais em sua jornada espiritual e terrena.
A Terceira Hierarquia é a ponte entre o divino e o humano, garantindo que a vontade celestial seja manifestada em todas as esferas da vida mortal, desde grandes eventos históricos até os menores momentos de fé e redenção.